domingo, 5 de dezembro de 2010

Mar de Outono




O mar, sempre o mar...

esse mar que me afaga

esse mar que me apaga

fogo, mágoas, nas águas

em torrentes de pensamento

numa espécie de lamento

nas profundezas de um pensamento




O mar, sempre o mar

de infância pleno, em correrias se fim

juras de amor, castelos desfeitos

de amores quase perfeitos

e palavras por dizer

em laços desfeitos

por razões nenhumas - que fazer?




...que a vida, também é prazer

- não sofrimento! como teimam

em fazer crer




Ah o mar e seus segredos

tão profundos como os da alma

serena por vezes, outras atormentada

num vai-vem de sentimentos

qual maré em movimentos


Um dia, ainda me hei-de perder no mar...

AL

terça-feira, 13 de outubro de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Quando toco a tua face...

Quando toco a tua face, meu amor

Sinto a força do amanhã

A magia feita leve

O teu coração de neve

Que um dia, derreterá...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Escrevo...




Escrevo...

Escrevo gestos, pensamentos
Escrevo versos, ideias, paisagens
E escrevo dias, horas, escrevo vidas

Escrevo...
As palavras por dizer
Sentimentos à deriva
Escrevo sóis, escrevo luas
Jardins, prados e ruas
E uso as palavras nuas
Pra descrever amores


Escrevo alegrias, escrevo tristezas
Em catadupas saindo
Escrevo a raiva, escrevo a dor
Até as pétalas de uma flor...
E o som de uma criança rindo

Só não escrevo sobre a dor
De alguém que está caindo

Rasgo as palavras com a escrita
Grito a minha desdita
De sofrer o teu amor

Um dia
Quando a minha mão se recusar
Quando não mais conseguir escrever
Só então gravarei
Em estradas de luz
No etéreo pensamento
Tudo quanto quiz escrever
Da importância do momento

E desenharei em pormenor
Em contrastes de maga luz
O trejeito do teu olhar
Tua face tranquila
A suavidade do teu falar

A silhueta do teu rosto
Teu corpo quente, de Agosto
O quanto me levaste a amar

Escrevo e rescrevo
Tudo quanto eu senti
Desde o dia em que te vi...


Al

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Uma tarde, como outra qualquer...






· Ao fundo, uma dezena de enfunados veleiros deixam esteiras de prata e luz sobre as águas, de um azul escuro profundo...



Gaivotas esvoaçam tontas, rasando a superfície do mar, intimidando os invasores, que se desdobram em tarefas, libertando treliças, cabos, aproveitando o máximo do vento amigo que os há-de levar a bom porto - e a uma muito almejada taça.

Farrapos de algodão disfarçado de nuvem, espalham-se pelo azul do céu, enquanto junto à linha do horizonte, de mãos dadas com as águas, uma faixa rósea antevê longínquas paragens, muito para além do que a vista possa alcançar.


Acabo o café e, muito displicentemente, pego na "sweat-shirt", nas chaves do velho desportivo e ponho-me a caminho de casa: rai's partam as tarefas domésticas!!!

Al, Novembro

Silêncio


SILÊNCIO


Silêncio

Noite prenhe
De ideias que aparecem
E logo se desvanecem

Silêncio

Prenhe de riqueza
Ideais de beleza

Tempos que hão-de vir?
De um futuro desejado
De um porvir
De angústias banhado

Silêncio

De mágoas que já lá vão
De eternas recordações de verão
De odores e sons
E promessas e vazios
Tão grandes, de rios

De lágrimas e mar imenso
Raivas! De amor intenso

Silêncio...

Que mais, senão sentir?