segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Escrevo...




Escrevo...

Escrevo gestos, pensamentos
Escrevo versos, ideias, paisagens
E escrevo dias, horas, escrevo vidas

Escrevo...
As palavras por dizer
Sentimentos à deriva
Escrevo sóis, escrevo luas
Jardins, prados e ruas
E uso as palavras nuas
Pra descrever amores


Escrevo alegrias, escrevo tristezas
Em catadupas saindo
Escrevo a raiva, escrevo a dor
Até as pétalas de uma flor...
E o som de uma criança rindo

Só não escrevo sobre a dor
De alguém que está caindo

Rasgo as palavras com a escrita
Grito a minha desdita
De sofrer o teu amor

Um dia
Quando a minha mão se recusar
Quando não mais conseguir escrever
Só então gravarei
Em estradas de luz
No etéreo pensamento
Tudo quanto quiz escrever
Da importância do momento

E desenharei em pormenor
Em contrastes de maga luz
O trejeito do teu olhar
Tua face tranquila
A suavidade do teu falar

A silhueta do teu rosto
Teu corpo quente, de Agosto
O quanto me levaste a amar

Escrevo e rescrevo
Tudo quanto eu senti
Desde o dia em que te vi...


Al

1 comentário:

empregadita disse...

É uma pena estes escritos estarem fechados. A sabedoria deve ser partilhada com o mundo para que este se torne menos ignorante e menos egoista....ficando no final mais rico porque mais culto! Não guardes só para ti!