segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Recomeçar


Recomeçar
Recomeço pela enésima vez, a escrever num blog - é claro que não sou virgem nestas lides, neste hábito de escrever, como já referi por aí, algures... Aliás, escrever, constitui, desde que me conheço, uma necessidade. A par da leitura.

Recordo que, ainda mal tinha digerido a bibliografia (fantástica) de Júlio Verne, já sentia necessidade de transpôr para o papel, historietas inventadas, depurações não apenas do que lera, mas fruto de uma imaginação criadora fértil, único caminho que encontrara para fugir à ruralidade atrofiante que à época me rodeava. Nessa altura, a província era isso mesmo, e as diferenças não se resumiam ao vestir e linguajar: cada aldeia, cada vila era uma fortaleza fechada sobre si e sobre quem lá ficasse. Desse tempo, ficou-me o gosto pela natureza, o quasi deslumbramento pelo que ela nos oferece, desde o chilrear da passarada, a música do rumorejar de um riacho, à admiração e respeito perante as vagas do mar alteroso, enquanto o sol tempera de vermelho-róseo o entardecer de um dia de inverno outonal... ah, essa mágica catarse, os fins-de-tarde na Praia do Pedrógão!

1 comentário:

Unknown disse...

tb gosto muito desta, deste lhe bem lol profunda!!